No Amor e na Guerra

Cap 1

Pov Grace

Com muita relutância consegui autorização dos meus pais para me encontrar com algumas amigas do curso de enfermagem – que aliás foi outra luta para mim, infelizmente as enfermeiras não tem boa fama e eu como uma jovem herdeira de uma família de classe média alta não poderia nem pisar na mesma calçada que uma enfermeira correndo o risco de ser difamada pela sociedade. – nos encontramos em uma lanchonete e para a minha total infelicidade , apenas três garotas compareceram.

Ane, Diana e Caroline logo foram embora me deixando sozinha, já estava irritada por ter que regressar para casa tão cedo e ainda por cima sozinha.
                 
Comprei ao sorveteiro um maravilhoso sorvete sabor chocolate e fui embora caminhando e de longe vi vários garotos brincando , um em especial me chamou a atenção. Ele era alto , com seus mais de um e oitenta de certo, seus cabelos castanhos claros totalmente desalinhados ...ele tinha um porte atlético e um ar de quem era de classe alta apesar de andar com alguns jovens de aparência mais humilde.

Fui andando para mais próximo deles afim de ouvir o que conversavam mais minha curiosidade não impediu o sorvete de derreter e começar a pingar  escorrendo entre meus dedos, então voltei minha atenção a ele enquanto caminhava...só não tinha noção que estava tão próximo “dele” a ponto de nos esbarrarmos e todo o sorvete manchar meu lindo vestido novo.

Grunhi alto em protesto apenas olhando o estrago em meu vestido e libertei todo o meu vocabulário impróprio para uma senhorita de família respeitável como a que eu pertencia.

-Seu...não olha por onde anda? – reclamei mesmo sabendo que a culpa era mais minha do que dele.

Ele logo jogou seu charme e uma conversinha para cima de mim, por dentro eu estava adorando mais não podia deixar transparecer. Mais aquele sotaque...suspirei internamente.

-Argh! Bem que eu não devia ter saído de casa...sabia que algo não iria dar certo! Primeiro que não me diverti o suficiente e por fim ainda encontro um fanfarrão britânico metido que destruiu meu vestido novinho! – era a minha deixa .

-Se este é o caso senhorita permita-me corrigir meu erro com um encontro com a senhorita amanhã, você decide onde e de que horas. Só assim minh´alma descansará em paz um dia. – ele se curvou graciosamente.

Me fiz de durona e saí rebolando mais que o necessário.

-Ei moça! Não poderei nem ao menos saber seu nome? – gritou.

Parei em meio ao caminho e me virei para encará-lo. - Me chamo Grace . Não que seja da sua conta! – e sorri com meu sorriso mais sincero.


Pov Edward

Era uma quente noite de verão e eu estava com meus amigos no parque de diversões que havia chegado a pouco na cidade.

-Hey yankee, vem até aqui. – O Mark não perdia este maldito jeito de me chamar – mostre para nós americanos como vocês ingleses são bons com pontaria !

Eu estava flertando com uma jovem americana que estava acompanhada de sua fiel amiga. Joguei o cigarro no chão e o pisei , me despedi das garotas e fui ao encontro de Mark e dos nossos amigos.

-Aqui senhor – Mark disse entregando algumas moedas ao dono da banca – entregue um rifle deste ao meu amigo inglês e ele nos mostrará quão bom ele é. Vamos lá Edward não envergonhe sua rainha!

-“Oh Deus salve à rainha” – zombaram os rapazes.

-Garanto-lhes meus caros americanos que nós ingleses somos melhores que vocês e os franceses juntos!

-Então prove yankee! – estimulou Antony.

Peguei o rifle acertei o alvo cinco de cinco chances concedidas .

-Oh ele é bom! – festejou o meu amigo que por infeliz coincidência também se chama Edward.

Virei o rifle para os meus amigos e fingi atirar, Antony, Mark, Edward e o Damon entraram na brincadeira , uns caiam e fingiam agonizar outros cambaleavam tentando tirar a arma de minha mãos.

Puxei a arma com toda força que pude contra meu peito enquanto Damon tentava tomá-la de mim a qualquer custo.

Nesse momento ouvi um grito feminino e depois um palavreado nada adequado para uma jovem. A olhei bem atrás de mim com seu sorvete totalmente desperdiçado em seu vestido.

-Seu...- ela fazia força para achar uma palavra que me ofendesse e não a tornasse um escárnio de sua própria cultura, podia apostar nisso. – não olha por onde anda?

-Desculpe-me senhorita, devo avisá-la  que a culpa não é só minha. Garanto que se a senhorita estivesse prestando atenção ao seu redor e não apenas no seu refrescante sorvete teria notado que estava caminhando pelo lado errado da via, portanto, não teríamos nos esbarrado.

-Argh! Bem que eu não devia ter saído de casa...sabia que algo não iria dar certo! Primeiro que não me diverti o suficiente e por fim ainda encontro um fanfarrão britânico metido que destruiu meu vestido novinho! – Ela choramingou e até fazendo biquinho e manha por causa de um encontrão não planejado – que eu trataria de provocar  se ele não  tivesse ocorrido naturalmente, claro. – ela era  inacreditavelmente linda. Eu soube naquele momento que meus sonhos e aspirações não estavam errados, eu devia sim ter desobedecido meus pais e fugido para a América para viver o sonho americano.

-Se este é o caso senhorita permita-me corrigir meu erro com um encontro com a senhorita amanhã, você decide onde e de que horas. Só assim minh´alma descansará em paz um dia. – me curvei.

-Bobalhão!

Ela saiu como uma leveza digna de uma nobre , quase como uma rainha...se não fosse o rebolar de seu quadril perfeitamente acentuado naquele vestido branco.

-Ei moça! Não poderei nem ao menos saber seu nome? – gritei.

Ela parou subitamente e meus amigos começaram a murmurar algo como “ se deu mal yankee”

-Me chamo Grace . Não que seja da sua conta! – E sorriu indo embora, soube naquele momento que eu já a havia conquistado, seu sorriso denunciou tudo.

-Ah garanhão! E o yankee conquista mais uma! – Antony brincou bagunçando meu cabelo desalinhado.

-Lembrem do dia de hoje meus caros americanos, 1º de julho de mil novecentos e trinta e nove o dia em que eu conheci a mulher da minha vida!
Cap 2

Pov Grace

Voltei pisando em nuvens enquanto voltava para minha casa cantarolando baixinho uma canção qualquer que ouvi no Tennesse .

Peguei um carro de aluguel com a certeza de que o outro dia seria promissor. Aquele rapaz havia mexido comigo. Sei que devo tomar cuidado com estranhos...mas ele não  transpassa mau caratismo e tem aqueles olhos verdes...aquele sotaque em uma voz tão firme...uma postura tão elegante.

Era impossível não sorrir ao lembrar de seus galanteios , ele era com certeza muito charmoso como qualquer lorde inglês.

-Já em casa filha? Nem são 20:00 p.m! – papai disse-me à entrada de nossa casa.

Paguei o aluguel conforme combinado e corri ao encontro dele.

-Ah papai nem deu para minhas amigas ficarem...é uma pena, nem me diverti ! gostaria de ter ido na roda gigante mas só pude ficar na lanchonete , tomei apenas um sorvete e voltei. – fiz manha, sabia que ele iria insistir para que eu voltasse depois e com certeza seria amanhã mesmo no que depender de mim.

-Oh é uma lástima minha querida.

-Sim é papai.

-Então por que você não volta lá depois de amanhã ? vá com sua prima Susy, ela irá adorar! – falou meu pai todo cheio de afeto.

-Se o senhor não se importar...gostaria de ir amanhã mesmo, pois há rumores que eles irão embora no domingo.

-Claro que não, pode ir.

-Te amo papai.

-Também te amo princesinha.

Entramos e demos de cara com mamãe ouvindo rádio, as cortinas bem abertas, a sala bem iluminada e a melodia do jazz tomando conta do ambiente.

-Dança comigo querida? – papai estendeu a mão para minha mãe.

-Sim mamãe, aceite. Dance com ele!

Corri para me sentar em uma cadeira enquanto eles arriscavam alguns passos mais ousados. Eu adorava ver meus pais dançando e se divertindo...queria viver em um lar assim, cheio de amor e alegria quando me casasse.

Mas espere um momento! Por que eu já estou pensando em me casar?

Obriguei minha inquietação se manter comportada e me obriguei a levantar e sacudir os ossos dançando ao redor dos meus pais.

Nunca , em meus 18 anos recém completados fui tão leve .

[...]

Custei a dormir naquela noite, minha mente estava no misterioso, charmoso e galante inglês. Precisava vê-lo.

Pov Edward

Depois de alguns goles de malte resolvemos que era hora de irmos. Brincadeiras à parte sobre a minha doce e irritadiça Grace , resolvi manter meus pensamentos apenas para mim.

Dormíamos em um albergue mais afastado do centro, era mais em conta e tínhamos uma visão privilegiada da baía.

Chamar aquele lugar de albergue era honroso da minha parte , aquilo mais estava para um cortiço.

Corri para fila do banho , pendurei minha roupas sujas no cabide, peguei pente, shampoo, loção para barba, lâminas e me enrolei numa toalha de algodão 1.500 fios bordado à ouro .

-Nossa, yankee! Você está escondendo o jogo, homem. Que toalha felpuda e ...- Antony parecia perplexo, luxo e riqueza não faziam parte de seu mundo. – Fala, confessa que você é rico e se finge de pobre!

-Eu não sou! – disse mentindo muito mal enquanto ria de sua incredulidade e desconfiança.

-Sou Edward Cullen Mansen, inglês , pobre, sem eira e nem beira, trabalho na madeireira Saint Ana com outros pé rapados como eu. Fim de história.

Antes que alguém contestasse entrei para o meu banho .

E foi apenas deixar a água rolar pelo meu corpo para meus músculos relaxarem por completo, mesmo a água sendo fria – digo, muito fria – eu relaxei e apenas um nome me veio a cabeça. Grace.

Não foi fácil pregar os olhos a noite inteira e quando o fiz sonhei. Sonhei que estava no parque e Grace me acompanhava com um lindo e florido vestido de verão, havia música e alegria em todas as partes.

[...]

Estávamos no ponto mais alto da roda gigante , disfarçadamente coloquei meu braço ao redor de seus ombros para logo em seguida no olharmos com vontade de nos entregar em um beijo, fui chegando mais perto e mais perto...

-Acorda homem! Sua rainha já está de pé! Já são 04:00 a.m! – alguém me acordou do meu maravilhoso sonho justo quando ia sentir o sabor do beijo da adorável Grace.

-Já vou! – disse ranzinza.

Me levantei contrariado, tomei meu café da manhã coletivamente e fomos enfim para o trabalho.

Estava abismado com as diferenças das classes sociais, se me perguntassem a uns anos atrás se eu me importava  com tais diferenças chamaria de louco quem me questionou , hoje no entanto, cansado de uma vida confortável e cheia de “sim sir” ou “não sir” nunca de fato importando os sentimentos e os sonhos apenas o que a aristocracia pede e a sociedade manda, resolvi colocar as mãos e o suor do meu trabalho para fazer valer a vida.

-Edward precisamos de você no setor dois. – disse a voz do dono da madeireira.

-Certo sir. – disse em resposta e saí na sua sombra.

- Edward , quando você me pediu emprego a três semanas atrás disse-me que dominava o idioma francês e o alemão, certo? – questionou o senhor Collin.

-Certo. Precisa de ajuda em algum idioma? – perguntei.

Paramos em um campo aberto na área externa da madeireira , denominado setor dois, haviam mais dois campos aberto como aquele em toda a extensão do lugar onde as grandes toras de madeira ficavam a espera de serem levados para aprimoramento .

Lá haviam umas enormes caixas de madeira trazidas do porto.

-Comprei estas máquinas na Europa Edward, espero que possa traduzir as instruções e até monte as peças. Se precisar de ajuda selecione dois ou três amigos seus para montar todo o equipamento. Tem um mês.

-Considere feito.

Este homem só podia ser louco! Como em um mês vou conseguir montar esta máquina  e suas peças e engrenagens se nem mecânico sou?!
Pedi para Mark me ajudar de inicio, mas era sábado e eu precisava rever Grace. E não demorou muito para organizar todas as coisas do trabalho e ansiar que a noite chegasse logo.

-Para onde vai Yankee? – Damon.

-Por aí! – respondi saindo do albergue.

Fui caminhando até o parque . Não era longe dali, então coloquei no rosto o meu melhor sorriso e fui andando. Acenei e cumprimentei a todos pelo caminho como manda minha educação britânica.

Uma coisa dentro de mim estava me deixando nas nuvens. Alguma coisa boa estava para acontecer, talvez seja só o fato de ter esperança de encontrá-la novamente. Ela era única. Inexplicavelmente única .

Não sabia como encontrá-la novamente, não sabia se minha Grace iria estar lá , mesmo assim precisava tentar, precisava ver aquele sorriso, precisava ver como reagia ao estar irritada, precisava provocá-la...

Andei de uma lado a outro mas meus pés me mandavam para a roda gigante. Passei uma hora olhando para um lado e para o outro esperando ela surgir, afinal este brinquedo é o preferido das senhoritas.

Já desanimado e sem esperanças de que a linda dondoquinha fosse aparecer resolvi não perder a noite. Fui até a mesma barraca de tiro ao alvo e perdi um bom tempo acertando e errando tiros nos patinhos que giravam para lá e para cá.

Estava a um tiro de ganhar o prêmio máximo quando uma voz me tirou a concentração me fazendo errar.

-Merde! – resmunguei.

-Olha quem eu encontro! Espero que não me faça perder outro vestido com manchas de chocolate senhor.

Era ela! Sabia que nos encontraríamos aqui novamente.

-Senhorita não vamos perder tempo falando de algo que eu não tenho plena culpa, se me permite comentar, a senhorita também tem culpa. Além do mais a senhorita me fez perder o último tiro.

-Oh senhor não fique bravo! Te pago mais uma rodada para enfim estarmos quites um com o outro. O que acha? – disse me olhando com um lindo sorriso angelical nos lábios .

-Não permitirei que uma jovem e bela senhorita arque com meu divertido. Eu sou o cavalheiro e eu deveria pagar para a senhorita...um milk shake talvez? – ofereci.
-Hum...- ela transformou seu lindo rosto em uma falsa interrogação. – Não sei se devo senhor, não nos conhecemos e não fica bem uma senhorita aceitar coisas de estranhos.

Devolvi o rifle e me curvei para a adorável jovem.

-Mil perdões senhorita. Me chamo Edward Cullen Mansen. – me levantei e ela sorria olhando de um lado a outro como se estivesse preocupada em alguém ver aquilo. Sorri abertamente para ela e ofereci o braço que ela logo tratou de aceitar e sorri de volta para mim.

-Você é louco senhor Mansen. – ela disse entre risos singelos.

-Louco, eu? Só se for pela vida minha cara. Agora permita-me conhecê-la enquanto desfrutamos de saborosos sorvetes e por favor não me chame de “senhor Mansen ou senhor Cullen”, apenas me chame de Edward.

-Claro senhor...quero dizer , Edward.

O lugar estava sossegado , sentamos em um reservado . Havia uma enorme janela de vidro que nos dava uma bela visão da rua. Vários casais entravam  e saiam da sorveteria enquanto Grace olhava o menu. Um grupo de jovens pararam em frente a janela e acenaram para nós e retribuímos com um aceno.

-Conhece? – ela perguntou.

Ri e depois respondi. – Não, pensei que fossem amigos seus.

-Então, Edward. O que faz aqui ? digo na América. Londres me parece tão linda e cheia de charme.

Provei do meu milk shake e respirei fundo antes de falar de casa.

-Vamos dizer que eu cansei do charme inglês e vim para a América ver se o que dizem é verdade.

-E o que os europeus dizem sobre a América?

-Dizem que podemos viver o sonho americano, que somos livres. Mais e você?

-O que tem?

-Me fale de você .

-Bom...sou filha única, estudo, toco violino. Nada de mais.

-Não é o que parece. A senhorita parece ser rica, cheia de pretendentes filhos de outras  famílias ricas, estuda em casa rigorosamente com professores particulares, deve estudar algum outro idioma...diria francês. Acertei? – lancei um olhar divertido.

-Como deduziu? Foi só de olhar ou...

-Ou... – instiguei a completar.

-Ou o senhor Edward Cullen Mansen entende exatamente do que disse. Diga-me Edward, esta era a sua vida em Londres? Foi por isso que veio para a América? Queria fugir da rotina que te sufocava , ter que sorri e se comportar como a sociedade te exige?

Touché.

-É mais complicado que isso senhorita Grace.

-Complicado?

-Sou Edward Cullen Mansen, décimo quarto na linha de sucessão do trono real com chances reais de me tornar rei da Inglaterra.

Disse e ela , pobre coitada, engasgou.

-Desculpe...- tossiu – você não me parece inglês agora – e teve outro acesso de tosse. Lhe ofereci um lenço – os ingleses não são bons humoristas mas você ...que surpresa!

-Duvida? Que crueldade rir de um jovem nobre.

-Desculpe Edward mais você é ótimo comediante.

A noite transcorreu bem e antes que o relógio marcasse 20 : 40 p.m ela se apressou em se despedir. A sua companhia fez com que o tempo passasse por nós correndo a tal ponto que nem percebemos.

-Edward , sua companhia foi maravilhosa esta noite. – ela disse enquanto caminhávamos lado a lado pelo píer . A lua estava plena no céu escuro e algumas luzes iluminavam nosso passeio.

-Eu que agradeço pela sua ilustre companhia senhorita Grace. E gostaria de saber se existe a mais remota possibilidade de sairmos novamente.

-Está me chamando para um encontro senhor Mansen? – ela apenas sorria mas de um jeito mais contido. Caminhamos por todos os três quarteirões que levavam a sua casa e a conversa toda fluía de tal maneira que nem notamos que já estávamos em frente ao seu portão.

-Sim , senhorita Grace. Preciso vê-la novamente.
Nessa hora meu corpo agia por conta própria. Na rua mal iluminada fui me aproximando dela que já estava encostada no muro de sua residência, ela estava levemente corada e seus cabelos pouco ondulados que lhe emolduravam seu rosto estavam perfeitamente bagunçados por causa do vento que soprava . Logo minha mão procurou sua cintura enquanto a outra se apoiava no mesmo muro, acima de sua cabeça. Fui me aproximando mais e mais a procura de seus lábios , mas ao invés de lhe beijar delicadamente toquei o canto daquela boca perfeitamente rosada.

Ela estava ainda de olhos fechados e sua respiração estava entrecortada , ofegante pela expectativa e aquilo me deixou extasiado.

-Nos vemos amanhã no cinema?

-Às 17 : 00 p.m. – ela disse me encarando envergonhada.

-Estarei aqui às 16 : 50 p.m . Aguardo ansioso.

Beijei sua bochecha e saí cantarolando uma canção qualquer na certeza de que ela era o sonho que eu estava ansiando sonhar.