sábado, 4 de junho de 2011

Capítulo Bônus


Epílogo

Pov Helena

Edward havia saído para caçar com seus irmãos, como sangue não me faz tanta falta preferia mil vezes está com Bella e sua familia.

Iam e Naman estavam enormes, tinham puxado ao Jake em tudo. Eram altos e robustos apesar da pouca idade, o caçula não passava de 2 aninhos. Embry estava surfando em First beach junto com os outros da matilha. As respectivas esposas, amigas, irmãs e amantes ou seja, as imprintadas estavam todas se divertindo na areia, alguns com seus filhos, outras ainda alheia aos seus imprintings.

-Então Helena, como você está? Digo, você se arrependeu da vida que escolheu? – Bella perguntou bastante encabulada.

-Não. Eu me sinto bem, só estaria mais preocupada se você tivesse feito a escolha errada. – respondi.

-Entenda, não que eu não o amasse . Eu amo, eu ainda o amo. Ele foi meu primeiro namorado, me ensinou muitas coisas, me protegeu, me amou acima dele mesmo mas...- Bella tomou fôlego antes de concluir seus pensamentos. Ela olhava Naman que cavava com uma pá e enchia o balde de areia da praia. – Quando ele me abandonou eu perdi meu ar , o meu chão sabe? Jacob sarou todas as minhas feridas e quando minha vida correu risco ,quando eu precisei fugir com Jake para o topo da montanha, que nos beijamos, isso no auge da minha dúvida sobre o que eu realmente sentia, sabe me fez ver o que eu não conseguia. Eu ia abrir mão de ser mãe, entende? Eu pedi pela morte ! eu estava abrindo mão dos meus pais, do sol! E...

-Wow Bella, eu sei! Não precisa se explicar, de novo. O que passou passou e tome cuidado com o rumo dos seus pensamentos. Edward podia até não ler seus pensamentos mais Jake pode nos ouvir muito bem e você sabe como ele fica mal quando você fica remoendo o passado.

-Você tem razão.

-Onde está Billy? – perguntei.

-Pescaria com o papai.

-Aqueles dois não tem jeito. – ri.

-Oi meninas! – disse um jovem quileute que eu não conhecia.

-Angie esta é minha amiga Helena. Helena esta é a namorada do Embry. – Bella nos apresentou.

A jovem estendeu a mão e eu olhei rapidamente para Bella que assentiu.

-Ela sabe quem é você . – Bella afirmou.

-Mil perdões. – falei.

-Tudo bem, acontece. Se bem que não é todo dia que se conhece um vampiro , não é? – ela riu levemente – Além do mais até três dias atrás lobisomem não existia.

-Então nada te surpreende mais. – completei.

-É. – ela respondeu simplesmente. – Bom Bella, eu preciso ter uma conversa com você . – Angie disse baixando a voz com medo que os transmorfos ouvissem.

-Vamos para minha casa então. – Bella disse.

-Okay. – ela disse antes de ficar levemente pálida e se apoiar em mim.

-Angie! – sussurrei.

-Tô bem, sério. Vamos logo antes que Embry ou alguém perceba.

-Naman! – Bella chamou. – Iam!

Os dois irmãozinhos vinham sorrindo com suas barroquinhas perfeitas. Era uma cena linda, os dois de mãos dadas, unidos e felizes. Como eu queria aquela paz.

-Sim mamãe? – o mais velho respondeu.

-Avise a seu pai que estamos indo para casa , tenho que preparar o jantar.

Ela ordenou e ele obedeceu. Bella recolheu suas coisas, enquanto eu pegava Naman nos braços. Jake nos olhou desconfiado mais logo ele entendeu que estava ficando tarde e frio para os pequeninos.

Bella entrou no seu Chevy caindo os pedaços logo após guardar um cooler e os brinquedinhos das crianças na caçamba. Ela e Angie foram no Chevy enquanto meu afilhado e seu irmãozinho Naman foram comigo no meu Sonata.

Chegando na casa de Jake , descarregamos os carros, demos um banho nos meninos, Bella preparou um jantar rápido para os filhos que logo caíram no sono.

-Ai meu Deus ainda bem que eles dormiram, eu preciso tirar umas dúvidas Bells. – Angie despejou .

-Fala mulher, o que houve? – Bella pediu.

-Eu me sinto tão estranha ultimamente.

-Estranha? – repetimos Bella e eu.

-Sinto cólica menstrual constantemente, meus seios estão mais sensíveis e maiores. Quando ele chega em casa tudo fica mil vezes mais forte, meu amor por Embry chega a me sufocar, o cheiro dele me atiça e eu só consigo pensar nele sem roupa , sabe? Bate um calorão, existe alguma coisa que me liga 10 mil vezes mais a ele e ele a mim. É um amor, um fogo sem fim.

-O imprinting pode ficar mais forte Bella? – perguntei curiosa.

-Só quando se está grávida.

Nos olhamos assustadas com a possibilidade.

-É aí onde queria chegar, eu me sinto tão enjoada ultimamente e fico tendo síncopes o tempo todo. Embry nunca notou, não quero que ele pense que estou doente mas também não quero criar esperanças de uma possível gravidez.

-Quem diria que em seis meses de namoro e três dias que lhe foi revelado o segredo da impressão você descobriria que tá grávida! – Bella explodiu em entusiasmo.

Angie abraçou Bella de forma acolhedora e eu invejei aquele momento. Queria ter minha humanidade de volta só para sentir meu corpo mudando por causa de um filho que crescia dentro de mim.

Mas infelizmente não sou mais humana e nem a profecia se cumpriu , pelo menos não nesse sentido.

-Fico tão feliz por você Angie. – disse assim que elas se separaram.

Ela estava eufórica e radiante tanto que veio me abraçar quase aos pulos também como se fossemos amigas de anos.

-Eu também! – Angie disse enxugando as lágrimas.

-Bom acho que devo voltar para casa, minha família já deve ter voltado. Mais uma vez parabéns Angie e Bella vê se se cuida, ok? Diga para o descamisado do seu marido que vá lá em casa buscar os presentes do Iam.

-Já até ouço ele dizer “ela é forte, pode trazer!” ou “isso é desculpa só para eu ir até lá!” – Jake detestava ir na minha casa , apesar de nunca ter sido tratado mal depois que ui fui oficialmente morar lá.

Saí da casa indo em direção ao meu Sonata quando ouvi a euforia vindo de dentro da casa , deve ser uma sensação muito boa mais eu nunca saberia.

O vento soprou gelado ao meu redor e não era por causa do frio da noite. Sentei na cadeira do motorista e respirei fundo, ainda de olhos fechados para acalmar minha tristeza , queria tanto desfrutar da maternidade também...

Liguei o carro e depois o som. Dirigia sem olhar para pista de barro que era a única entrada e saída da reserva, já conhecia o lugar muito bem. Revirei meu play list e deixei o som do AC/DC rolar quando dei por mim eu já cantava Highway to hell quando fui parada por uma blitz policial. Inferno!

-Boa noite senhorita, documentos por favor. – o projeto do sargento Garcia pediu.

-É Senhora, por favor. – disse e entreguei os documentos .

Ele olhou e provavelmente achou que eu era nova demais para ser casada.

-Desça do carro por favor, preciso revistá-lo e a nossa policial irá revistá-la, tudo bem?

Me soltei do sinto de segurança já fumaçando, uma forte neblina começou a cair o que mostrava que eu não estava seguindo a cartilha, eu precisava me controlar. Desci do carro e bati a porta com força fazendo uma mossa na lataria. Merda!

Assisti o policial revirar meu carro enquanto a policial feminina me revistava. Edward surgiu de cenho franzido no seu Volvo prata dando um cavalo de pau na rodovia.

-Amor o que houve? Onde esteve? Por que está neblinando ? o tempo estava bem aberto hoje e de repente mudou! – ele vomitou as palavras ignorando completamente os policiais.

-Tenho cara de metereologista por acaso? – perguntei séria mais sabia que ele ia ler a mente então era bom ter cuidado. – Quem entende esse clima? Deve ser o aquecimento global.

-Sim ,é. – ele respondeu mais calmo.

- O senhor sempre dirige assim? dessa vez vamos deixar passar por que temos coisas mais importantes para resolver! Mais fique atento , outra dessa vou apreender seu veículo! – a policial recriminou e Edward fez sua melhor cara de cachorro que caiu da mudança.

-Desculpe é que fiquei aflito sem saber noticias da minha esposa , saí feito um louco atrás dela e quando a vi aqui...a senhorita entende, não é?

-Hum...sei, fique esperto para não haver próxima vez.

-Ela tá limpa. – o policial disse para sua parceira, ele olhou feio para Edward mais seguiu em frente me devolvendo os documentos . Só foi aí que me dei conta da verdadeira barricada policial, apurei os ouvidos para captar qualquer motivo que justifique aquele alvoroço todo.

Nada. Pelo menos nada que eu tenha entendido, as rádios policiais só falavam em códigos.

-Vem amor, te explico em casa. – Edward me beijou e seguiu para seu carro.

Entrei no meu e o som ainda rolava lá dentro, me prendi ao sinto de segurança, baixei o vidro e aumentei o som bem na hora do refrão “Born to be Wilde” .

Edward sorriu e acelerou o carro, eu apenas o segui mais não antes de lançar aquele olhar de predador para o policial que se encolheu assustado.

Cheguei em casa e estacionei na garagem dos Cullen bem ao lado do carro de Emmett.

-Hey. – Edward disse me olhando meio pedinte.

-Senti saudade. – falei abraçando ele, sentindo seu cheiro enquanto ele descansava sua cabeça sob a minha.

-Fiquei preocupado. – seu tom de voz confirmava o que ele dizia.

-O que houve? – perguntei me afastando dele.

-Problemas. Tem um vampiro nômade na área , ele já cometeu muitas mortes aqui e foi por isso que o xerife colocou em todas as saídas uma barreira policial, a policia acha que é algum serial killer.

-Então corremos perigo.

-Nem tanto, Emmett e Jasper estão caçando ele com a ajuda de Sam e dos outros lobos.

-Espero que eles consigam capturá-lo.

-Sim eles conseguirão mas o que me preocupa é que você estava sozinha aqui e sem saber de nada, você não é uma lutadora então eu fiquei com receio de que sobrasse de certa forma para você .

-Tudo bem, vou ficar a salvo aqui.

-Eu sei meu amor, é que só de pensar em algo de ruim te acontecendo eu enlouqueço.

Edward me abraçou com carinho e a cada dia que se passava eu o amava ainda mais. Edward sorriu e eu sabia que ela estava lendo a minha mente.

-Me dá privacidade, ok? – fingi estar enraivecida, ele riu ainda mais.

-Eu sei que tem algo mais acontecendo com você. – ele afirmou.

-Não tem não. – respondi me libertando dos seus braços .

-Não minta para mim, eu te conheço. Uma hora eu descubro então ou você me conta o que há de errado ou eu vou vasculhar sua mente até que num deslize seu ...- ele nem precisava completar a frase, sabia que deveria ter cuidado com meus pensamentos. Essa coisa de profecia nos ligou ainda mais e era inacreditável o quanto ele podia ver meu interior.

-Edward , não tem nada. – falei sorrindo fraco, enquanto ele negava com a cabeça com um lindo meio sorriso torto que dizia “você não me engana” saí dali indo para o meu lugar preferido em toda a casa – a varanda.

Estirei meu corpo sobre a sacada, com a minha atual habilidade de equilíbrio perfeito nem um furacão me derrubaria dali. Eu gostava de ir para linda varanda do meu quarto, o piso era de madeira e a sacada não passava de uma cerca também de madeira pintada de branco, gosto de ficar ali sem pensar em nada ou pensando em tudo. Sempre sozinha.

Alice, Jasper e Emmett gostavam de ficar ali comigo vez em quando. Alice para conversar sobre moda ou sobre o quanto ama sua família, Jasper dividia comigo seus segredos e eu com ele, já Emmett sempre ia para me fazer rir. Ele dizia que não gostava de me ver tão calada e sozinha ali, dava impressão de que eu estava infeliz e arrependida da minha escolha e isso ele não suportava.

A lua estava cheia e linda, ela parecia falar comigo...eu só não entendia o que ela queria dizer.

Dei um suspiro cansado. Estava me tornando vazia de novo e eu não sabia por que disso, eu tinha uma família perfeita, amigos incríveis e Mel estava indo muito bem com sua nova família ao lado do seu marido e o orfanato estava perfeitamente bem.

Ouvi os passos de Edward vindo na minha direção e “discutir a relação” não era algo que eu quisesse, então saltei como um felino floresta a dentro tendo todo o cuidado do mundo para não pensar onde eu estava indo.

Corri como um vulto negro pelas sombras das árvores até encontrar o único lugar que me deixava bem, era o lugar que eu sempre ia quando queria ficar completamente sozinha- a parte da floresta que estava morta e eu e Edward devolvemos a vida.

O rio estava mais límpido do que nunca, as árvores eram frondosas, alguns esquilos correram ao me notar mas não de medo e sim porque sabiam que eu queria ficar só. Tudo era perfeitamente lindo naquele pedaço de paraíso.

Sentei no alto da pedra e fiquei olhando a lua que dava à floresta um brilho prateado perfeito.

Deixei meu corpo ir escorregando na pedra até meu corpo ficar estirando sobre ela, fechei os olhos e comecei a cantarolar uma melodia que eu ouvia Edward tocar de vez em quando.

Tudo ali era paz.

Por tempo que não pude calcular fiquei ali tomando banho de lua, tirei minha roupa e continuei ali apenas curtindo a solidão.

Ouvi um rastejar e abri meus olhos em vigília mais não passava de um animal desavisado passeando próximo, me levantei da pedra e saltei dentro do rio. Me banhei naquelas águas transparentes e fiquei imersa por uns bons minutos.

Emergi na margem e fiquei flutuando na água apenas de olhos fechados até ouvi uma voz ecoando em minha mente “O desejo do teu coração se revelará em um momento próximo”. Aquela sensação mística me envolvia novamente , era como se eu estive desconectada do mundo.

-Ora , ora, ora o que eu encontro? Seria um ninfa perdida? – uma voz rude me fez despertar da minha magia.

Um homem extremamente lindo , forte, alto e de aspecto grosseiro me fitava com luxuria. Me levantei apressada e cobri meus seios com os braços enquanto meu baixo ventre ficou abaixo da linha da água.

-Saia daqui. – falei firme.

-E perder essa visão ? – ele lamentou-se – Não poderia!

No mesmo instante ouvi patadas cravando o chão e o homem também ouviu quando o olhei ele estava dentro da água, bem ao meu lado tocando no meu cabelo e cheirando a pele do meu pescoço. Tremi.

-Apetitosa...mais fica para depois. – ele disse e na mesma hora que meu pavor tomou conta de mim Jake surgiu em quatro patas junto com Embry e Sam. Os lobos uivaram agressivamente contra ele .

Embry pulou dentro da água vindo na nossa direção, Sam correu para margem e Jake disparou em uma corrida para impedir o intruso de fugir. Meu rosto era o pavor bem representado. Eu não conseguia raciocinar. O homem me arrastou com ele e Embry o atacou arrancando um braço do nômade . Quando notei meu braço também havia sido atingido e uma enorme marca surgiu, o que fez Embry se encolher preocupado.

Jake e Sam correram atrás do invasor enquanto Embry correu para trás de uma árvore. Logo ele voltou sob duas pernas e muito temeroso, eu apenas lavava o ferimento com a água enquanto repetia uma prece cigana de cura.

-Meu Deus Helena! Eu te fiz muito mal? – Embry perguntou.

-Não, tudo bem. – disse e ele me olhou encabulado. – Ai meu Deus!

-Desculpe ! não foi minha intenção! – ele se pôs de costas enquanto eu praticamente voei até minhas roupas e me vesti.

-Ele fugiu! – Sam gritou

-Droga – Embry resmungou.

-Você está bem minha amiga? – Jake me perguntou.

-Tô.

-Acho melhor você voltar comigo para casa. Aliás o que você fazia sozinha aqui a uma hora dessas? Não sabia que tínhamos um invasor? – Jake ralhou comigo.

-Sabia mas não queria ficar em casa. – respondi seca.

-Edward vai surtar. – Embry falou encarando meu ferimento que ainda não havia cicatrizado.

-Ele não precisa saber. – sugeri.

-O quê que eu não preciso saber? – Edward falou bem atrás de mim com sua voz de trovão. Sabia que íamos brigar.

Olhei para Jake que negou levemente com a cabeça. Tratei de esconder o meu ferimento com a mão sobre o braço, Embry me ajudou, claro.

-Ahn, Helena isso aqui não é um medalhão? Acho que ele é seu! – ele mentiu.

-Ah é? Obrigada. Pode colocar em mim? – fiquei de costas para Embry que colocou um pigente em meu pescoço. – nossa noite estranha, não é? Faz até frio.

-Não por isso fique com meu casaco. – Embry disse e assim escondi minha escoriação.

-Parem de teatro vocês dois! – Edward rugiu. – Acha que não vendo na mente dele o que ele te fez?

Edward no segundo seguinte rasgou o braço do casaco revelando o local onde Embry me atingiu.

-Eddie não foi culpa dele, ele só tentou me ajudar e me atingiu sem querer. – tentei explicar.

-Com você eu converso em casa. – depois dessa eu engoli em seco – Pra onde ele foi?

-Canadá. – Sam falou.

-Vou mandar meu irmãos irem atrás dele ainda esta noite enquanto vocês descansam. Amanhã vai fazer sol, nós não poderemos sair mas a noite retornaremos com a caçada.

-Assim seja Edward. – Jake falou. – Por favor não  briguem vocês dois. –Meu amigo nos pediu , aliás pediu muito mais a Edward que a mim.

-Edward, desculpa não foi minha intenção machu...- antes que o coitado terminasse Edward soltou uma espécie de ruído ameaçador de dentro da garganta, juro que vi seus olhos ficarem de um vermelho ao preto numa fração de segundos.

-Tudo bem Embry, não foi nada. Eu estou bem acredite em mim. – sorri e ele retribuiu com um sorriso sem graça.

-Vamos. – Edward ordenou e eu me encolhi.

Eu não tinha pressa em voltar para casa, sabia que uma bela briga viria e tudo o que eu queria era um pouco de solidão. Edward andava a vários passos na minha frente até que ele notou que eu não estava afim mesmo de voltar para casa para discutir.

-Ok, você venceu. Quer discutir aqui mesmo? ótimo! – ele voltou pisando firme na minha direção e eu me encolhi toda de medo dele. Edward estava transtornado e até violento, eu não teria forças para reagir a ele. Seria meu fim.

Edward subitamente parou e me olhou assustado.

-Não vou te machucar – ele disse como se doesse falar aquilo. – Acha mesmo  que eu te machucaria?

-Edward você está agitado acho melhor conversarmos depois. Bella não me negaria uma noite na casa dela e a manhã eu volto e ai sim conversamos.

-O que? Já quer correr para reserva? – ele falou irônico. – Ou seria correr para os braços de Embry?

Aquilo me pegou de surpresa, o que Embry tinha com a história?

-Não se faça de idiota Helena, eu sei o que vi na mente dele. Você nua, se banhando no rio com ele! – ele cuspiu.

-Como é que é Edward? Está me acusando de adultério?

-Sim estou! Por que outro motivo você estaria nua na frente de outro homem? Admita que essa sua estranheza comigo é porque arranjou outro na sua cama!

-Canalha idiota! – berrei – Nunca te traí, nunca faria isso seu monstro!

-Sou um monstro?! Não se esqueça que você tem a mesma natureza que a minha! – ele devolveu socando uma árvore que partiu em duas.

-Droga Edward! Se hoje eu não tenho minha humanidade a culpa é sua seu cretino! Não pedi por isso!

Uma tempestade começou a cair com violência e eu não queria que ela parasse de cair.

-Sabe de uma coisa Edward, se você não confia em mim problema é seu. Esse casamento acaba aqui e agora. Mas saiba que Embry não tem nada com isso, eu estava no nosso lugar, nadando sozinha – dei ênfase no sozinha – queria pensar, ficar sozinha com meus pensamentos mais o intruso me encontrou e Embry me protegeu quando o nômade ia me atacar assim como Sam e Jake também estavam lá ou vai querer acreditar que eu estava numa orgia com os lobos?

-Helena...desculpe. – Edward disse com a voz mais calma.

-Não quero suas desculpas, acabou. – tirei minha aliança e joguei no chão. Tão escuro quanto a noite fria sumi como uma sombra ,um  fantasma pela noite.

Corri o máximo que pude até a casa de Bella. Contei tudo, Jake ainda estava na casa de Sam com os lobos.

-Angie não vai te negar onde dormir. Se você ficar Edward aparece aqui em meio segundo, ele vai ler a mente de Jake ou dos meninos. – Bella disse e depois pegou o celular e discou para Angie. – Ótimo ! – Bella finalizou. – Angie pediu para Embry dormir na casa de Emily.

-Eu não consigo acreditar que ele ousou insinuar que eu e Embry tínhamos alguma coisa. – bufei irritada, ainda ventava forte por minha causa e a chuva já havia cessado.

-Calma isso só foi ciúme, como você mesma disse ele “viu” pela mente de Embry você nua e no fundo ele sabe que você o ama e que seria incapaz de traição...diferente de mim. – Ela disse e riu. – Ele sabe que Embry só estava ali para te salvar e o que você disse a ele era a mais pura verdade.

-Bella mesmo assim, você não  viu como ele chegou transtornado, ele ia atacar Embry e na nossa discussão por pouco ele não me agrediu também. O que eu poderia ter feito contra ele? O que uma vampira de cinco anos pode fazer contra um vampiro de cento e quinze?

Baixei a cabeça , algo como lágrimas queimavam em meus olhos mais não rolavam, estavam presas.

Ela me abraçou e eu me deixei desabar.

Bella me levou até o carro e me ensinou o caminho, liguei o som do chevy e fui . Angie me esperava na porta da casa, era uma linda e rústica casa verde bem em frente à praia.

-Calma Helena, seja o que for você e ele vão se acertar.

-Obrigada por me deixar ficar aqui com você, não queria ficar sozinha esta noite e aqui eu estou segura. Edward não te conhece portanto, não vai bisbilhotar a sua mente.

Ela se arrepiou toda com pavor.

-Ter  sua mente lida  não dói. – ri dela.

-Isso é estranho! – ela disse fazendo careta.

-Num instante você se acostuma. – disse.

-Você come? Quero dizer...comida de humano?

-Sabe, eu gosto de você . Você me diverte!

-Que bom que te divirto. – ela riu e sentou no sofá que ficava no terraço da casa.

-Bom que tal uma pizza de quatro queijos, refrigerante para você e vinho para mim? – sugeri me sentindo mais  livre.

-E você pretende fazer esse milagre? Não tem entregador que venha até aqui a uma hora dessas.

-E você esqueceu que temos um carro ou na melhor das hipóteses eu sou uma vampira?

-Uh! Legal!

Uma vez com as pizzas nas mãos , comemos de nos empanturrar.

-Estou farta – eu disse.

-Duas, aliás três . – rimos .

-Embry já sabe?

-Nem sonha. No dia do ritual da tribo eu conto para ele, já que os mais velhos da nossa tribo estarão lá peço para que abençoe nosso bebê com a força , coragem e determinação da nossa raça e dos nossos antepassados.

-Isso tudo é lindo.

-Eu sei. – ela disse sorridente.

Três dias haviam se passado e Embry já estava com a pulga atrás da orelha sem saber porque não poder dormir em casa. No dia do ritual do conselho tribal me levantei bem cedo aliás dormir era algo que fazia pouco, não necessitava de tantas horas de sono.

Levantei da minha cama improvisada e fui ver o nascer do sol. Me ajoelhei na beira do mar, o sol ainda era tímido e estava escondido atrás de algumas nuvens . Abri meus braços abarcando o horizonte e usei a minha magia herdada dos ciganos para conseguir seguir em frente sem Edward.

Seria algo muito difícil já que minha eternidade devia ser vivida ao lado dele. Sua ausência fazia meu peito doer.

Uma brisa leve me envolveu, fechei meus olhos e deixei os elementos se apossarem de mim. Podia tocar a minha magia, era como se eu flutuasse no ar.

-Edward não posso te esquecer! – admiti com todo o meu amor e meu poder só aumentou quando disse isso, sentia o sol na minha pele, ouvia risos de crianças ao longe e toda a mística da profecia se intensificava.

-Também não posso viver sem você! – Edward disse me fazendo levantar os olhos para ele que estava magnificamente lindo sob a luz do sol e me olhava cheio de dor expressa no olhar.

-Como me achou? – perguntei.

-Vasculhando a mente de Jake, de Sam...cheguei ao Embry e bom seu plano de fuga seria perfeito se Embry não desconfiasse do porque que sua mulher estava o repelindo justamente nos dias em que você escapou por entre meus dedos. Eu só liguei os pontos e como ele está disposto a dormir em casa hoje foi fácil descobrir a casa da Angie.

-Droga tenho que melhorar nisso. – disse me levantando.

-Acho que você deixou cair isso – ele disse me mostrando a minha aliança que estava na palma da sua mão.

Não sabia se devia pegar de volta, ele esteve a um passo de me machucar , a meio passo de acabar com a vida de um inocente e ele não precisava dar nenhum passo para o quesito desconfiança. Ele não confiava em mim, fato.

-Edward por favor...- antes de terminar a frase ele me abraçou com propriedade e me beijou com muito amor, senti a nossa profecia se cumprindo, o demônio branco protegia e amava a sua vampira descendente dos poderosos povos ciganos, nosso amor nos envolvia porém o meu receio ainda estava lá.

O afastei mais ele se negava em me deixar ir.

-Por favor perdoe-me. – ele disse  num fiapo de voz o que fez corpo reagir.

-Edward por favor – pedi enterrando meu rosto no seu peito.

Edward me ergueu no colo  e me levou em seus braços .

-Feche os olhos amor – Ele pediu e eu fiz , um vento soprou rasteiro e forte pelo meu corpo – agora abra!

Estávamos em uma gruta cercada pela floresta e a nossa frente uma linda praia.

-Onde estamos? – perguntei.

-Uma praia de La Push que é muito pouco freqüentada, difícil acesso.

-Edward..-

-Shh não estrague o meu pedido de desculpas amor, eu simplesmente não posso seguir sem você, fiquei observando aquela tempestade de longe e sabia o quanto você estava brava comigo, eu vi o medo em você, o quão ameaçador  e rude eu fui com você.

-E o quanto injusto você foi com o Embry. – soprei.  

-Sim, isso também.

Ele fez silêncio.

-E quando Bella me telefonou naquela noite a pedido de Jake para solicitar ajuda na caçada ao invasor...e você estava estranha, me afastando de você ...eu tive pânico, medo de você querer ir embora , medo de que o intruso te encontrasse...Vasculhei a mente dos lobos, ouvi quando Jake disse que reconhecia teu cheiro perto do invasor, quando você entrou no campo de visão dele eu só vi que você precisava de mim. E o que vi não me agradou,  a mente de Embry estava fascinada pela tua imagem completamente nua e linda. Ele só ficava reprisando a sua imagem e eu enlouqueci.

-Edward! Somos vampiros e fascinação é o que causamos! Quando eu percebi que estava sem roupas na frente dele , ele próprio me deu licença para me vestir. Ele me respeitou em todo o momento.

-Hoje eu sei disso, ele me procurou e me contou a mesma coisa. Eu sou um idiota, perdoe-me por favor. Não sou nada sem você, esses dias foram os meus piores em mais de cem anos.

-Eu te amo tanto Edward! – disse o apertando contra meu corpo num abraço desesperado meu.

Edward correspondeu com um beijo intenso, nossas roupas voaram longe, eu só sentia suas mãos me apertando, sua boca me consumindo de um jeito intenso, forte, cheio de amor, desespero e luxúria.

Edward se colocou dentro de mim com força e rigidez que me fez soltar o ar, ele investia forte dentro de mim, minhas mãos arranhavam suas costas como uma lâmina afiada, nossas bocas não se soltavam um segundo, meu corpo arqueava  por completo.

Fechei meus olhos de tanto prazer que sentia, Edward abocanhou meu seio enquanto sua outra mão apertava o outro seio, logo sua mão desceu pela lateral do meu corpo, ele segurava bem firme minha coxa trazendo meu quadril para perto das suas investidas, eu estava a ponto de gritar quando ele aumentou sua força e seu ritmo em mim, nossos corpos estavam em um frenesi alucinado quando chegamos ao clímax surpreendente. Um gemido duplo escapou de nossos lábios.

-Não posso ficar longe de você amor, não me abandona outra vez! Eu te peço, não me abandone nunca! – Edward disse ao meu ouvido enquanto rolava para fora de mim.

-Não me assuste, não me machuque e nunca duvide de mim ou do meu amor Edward. – falei beijando seu pomo de Adão.

-Jamais farei isso, é uma promessa eterna que te faço meu amor.

Montei em seu quadril sentindo toda virilidade me invadir bem devagar, beijei seu abdome e fui subindo traçando um caminho com a minha língua que assim que chegou em seu queixo foi capturada pela boca dele.

Comecei a cavalgá-lo bem devagar vendo em seus olhos a satisfação que eu também sentia. Aumentei meu ritmo, trocamos de posições e tudo era muito intenso naquele lugar.

Quando a noite caiu Edward saiu por cinco minutos para averiguar aquele lugar em busca de um animal para abate, eu apenas tomei um banho de mar e voltei para a areia onde fiquei sentada apenas olhando  o vai e vem das ondas.

Edward regressou sentando-se bem atrás de mim, trazendo meu corpo para descansar no dele.

-Eu te amo mais que tudo, sabia? – falei.

-Eu sei. – ele me respondeu. – Não importa no final das contas quem tente nos separar, não importa o que houver eu sempre vou amar você e vou lutar por nós dois.

-Mesmo que eu não possa cumprir a ultima parte da profecia? – perguntei.

-Não te amo por causa de uma profecia. E daí que não tivemos um filho como diz a lenda? Eu te amo porque simplesmente te amo, você é a parte que me faltava.

Nesse momento uma estrela , a única estrela, brilhou com tanta intensidade que quase nos cegou. Senti uma luz nos envolver e novamente ouvi risos de crianças brincando no jardim.

-Ouviu isso? – Edward perguntou alarmado.

-Sim, é a nossa magia. – falei beijando levemente seus lábios.

Algo em nós mudou, em mim mudou alguma coisa.

-Eu preciso ir até o conselho Eddie. – disse.

-Porque?

-Angie me disse...não importa, é um pressentimento.

Trocamos de roupa e fomos até a reserva onde a cerimônia já havia acabado. Angie piscou para mim e pela carinha dela e pelas atitudes de Embry ele já sabia , aliás todos já sabiam.

-Edward me deixe pedir um conselho aos sábios da tribo .

-Tudo bem, vou parabenizar Embry e pedi perdão.

Andei até os sábios que estavam ao redor da fogueira.

-O que você quer você o tem. – uma idosa disse.

-Como? Eu nem disse o que queria.

-Fale minha jovem. – o pai de Jake disse.

-Uma energia , uma luz que eu não conheço e que não está escrito nos diários da minha profecia me preenchem e desde a alvorada de hoje ela se intensificou. A três dias eu estava quase completamente vazia mais eu não me sinto mais assim.

-A luz que você diz é a luz da esperança e da prosperidade , filha. –Billy disse sorrindo.

-O que podemos fazer por você é uma prece muito antiga, ela aumentará seu poder se é que é possível. A jovem é muito poderosa e quando está em sintonia com seu par esse poder encontra sua força máxima e o equilíbrio entre os elementos e os antigos espíritos ficam mais visíveis, quase palpáveis – um senhor de cabelos brancos disse. – Vamos pedir aos espíritos para que eles te protejam e que esta luz permaneça em você.

Os anciões se levantaram , com exceção de Billy claro, e todos fizeram um circulo ao meu redor. Abri os braços para absorver a magia dos antigos índios enquanto a fogueira estalava liberando uma fina camada de uma luz branca. Estranhamente ouvi um coração bater acelerado demais.

Os idosos ainda faziam sua prece mística numa língua morta.

Involuntariamente segurei meu ventre sentindo um vento forte soprar ao redor do nosso grupo, as vozes infantis também voltaram com força aos meus ouvidos e pude sentir sob a palma da minha mão um pulsar frenético quando a oração acabou.

Olhei assustada para cada um deles.

-Não tenha medo, seu sonho é realidade. – Billy disse. Olhei para Edward que obviamente estava ouvindo a conversa ou tentando ler a minha confusa mente. Ele estava tenso.

-Eu senti...eu ouvi. Era um coração? – perguntei atônita e a senhora misteriosa sorriu e me abraçou.

-Em nove meses você verá o quão forte, bonito e repleto de luz seu guerreiro será. O menino abençoado pelos espíritos minha jovem dominadora dos elementos.

-Eu ...estou...

-Grávida? – Edward completou tão chocado quanto eu.

-Sim, foi exatamente isso que os espíritos nos disseram – a senhora misteriosa disse.

-Parabéns! – Billy disse – Hoje é um dia de festa para este povo. Duas crianças anunciadas pelos espíritos. Dia de sorte!

[...]

-Emmett, pára de provocar! – reclamei fazendo manha.

-Ah qual é? Quando é que eu imaginaria ver uma vampira engravidar? Então eu vou zuar sim!

-Rose! – reclamei.

-Emmett ela não está gorda !- ela reclamou com ele , ela ainda rindo da nossa birra.

Alice entrou bailando na sala com Jasper ao seu lado sorrindo com discrição. De repente ele parou e sentiu que Alice não estava bem.

-Amor? Calma. –Uma onda de calmaria atingiu a todos.

-Chegou a hora. – ela disse voltando a realidade.

-Hora de quê? – perguntei e logo entendi.

Onde está Edward? – pensei.

-Familia, socorro! – gritei.

-Rose leva ela para o quarto, Jasper tranqüilize-a, Emmett ligue para Carlisle e eu vou tentar providenciar água , toalhas e essas coisas. – Alice disse.

Emmett me colocou nos braços enquanto eu me contorcia de dores. Rose me aconchegou nas almofadas. Emmett telefonava para o pai enquanto Rose ligava para a mãe.

-Jasper! – eu gritei.

Ele veio com toda a sua calma e ficou em pé ao lado da cama. 

-Emmett! – chiei.

-O que foi Cunhada, eu não sei o que fazer! Não grita! – ele parecia mais nervoso que eu.

-Emmett fica do meu lado, segura minha mão! – pedi enquanto me contorcia.

Alice entrou com toalhas , água e monte de coisa que não quis ver o que era, a dor que sentia no baixo ventre me impediam de raciocinar.

-Alguém pode ir atrás do Edward, por favor? Pensem, pensem no que está acontecendo e ele lerá nossas mentes! – Allie ordenou.

Rose e Alice preparam as coisas , os rapazes saíram e eu comecei ao meu mais lindo trabalho.

Muitos gritos ecoaram pela casa mas isso não me impediu de ouvir Carl chegar apressado, Esme chegou pouco depois com Edward .

-Ah ! – gritei pela ultima vez antes da porta se escancarar de vez revelando um Edward agitado.

-Meu amor estou bem aqui! – ele disse.

-Só mais um pouco Helena! – Rose falou , eu estava exausta, a dor era intensa. Não pensei que doesse tanto.

-Edward chame Carl agora! – Alice mandou e ele obedeceu.

-Calma, estou aqui minha filha – ele entrou me acalmando. – Empurre querida, falta tão pouco.

-Dói tanto – disse com dificuldade.

-Só mais um pouco e tudo termina, confie em mim. – ele pediu.

-Ok. – disse

-Empurre agora! – ele pediu.

Coloquei todas as minhas forças quando senti um grande alívio e logo em seguida um choro agoniado.

-Meu filho! – falei extremamente emocionada.

Edward invadiu o quarto na mesma hora. Carlisle fazia seus procedimentos com Alice e Rose em sua cola. Descansei aliviada nos travesseiros enquanto Edward sorria largamente com cara de quem estaria chorando se pudesse.

-Meu amor, nossa história...se cumpriu! – ele sussurrou beijando meu rosto suado e vermelho.

-Sim meu amor, nosso filho, o que nos faltava! – disse radiante.

Carlisle nos entregou  o pequeno envolto numa manta verde-água e em silêncio todos saíram do nosso quarto.

-Ele é lindo. – Carlisle disse feliz e saiu.

Peguei o meu bebê nos braços pela primeira vez, Edward sentou ao meu lado no leito e me envolveu num abraço. Ele descobriu a manta e vimos pela primeira vez o lindo rostinho corado do nosso filho.





 N/A: Espero que tenham curtido!!! beijos divas! em breve outras fics minhas aqui!!!






2 comentários:

  1. Preciso falar que vc é minha autora preferida?Vc tem futuro acredita em mim e pode ter certeza que se um dia vc escrever um livro eu vouu estar na primeira fila pedindo autografo.bjosss te gosto muito amiga.

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  2. ain menina pára de me fazer chorar!!!
    amo-te muitooooooooooo

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